Pelo visto nos relatos, este é mais um assunto controverso. A enfatização no artigo para o não uso do filtro está bem sustentada por argumentos científicos, mas nem tanto pelos testes, haja vista o resultado conseguido com o filtro “bom” na primeira seqüência (para mim, plenamente aceitável).
Só agora, lendo este tópico, vi recomendações para não usar filtros que visam proteção às lentes. Nos diversos livros e revistas que eu tenho sobre fotografia, quando o assunto é abordado, só se vê “always use”...
À parte a perda de qualidade causada por um UV, nos idos de 80 fui beneficiado de forma incontestável pela presença de um deles montado na minha objetiva SMC 50mm 1.4, quando num passeio no Parque das Mangabeiras. Estava eu com um amigo enveredando por um riacho cheio de pedras, eu com a câmera dele e ele com a minha. Ao saltar de uma pedra para outra, com a minha Pentax pendurada ao pescoço, esta fez aquele tradicional movimento de pêndulo e se chocou fortemente em uma pedra grande que estava à sua frente. Ouço até hoje o som do impacto (não assisti à cena, pois estava logo atrás dele), e quando vi que era o que eu pensei que era, gelei até os ossos. Porém, constatamos aliviados que a lente permaneceu intacta, como está até hoje, e o acidente não afetou seu funcionamento nem o da câmera (velhas e boas! Se fosse uma digital...). O filtro, porém, foi quase todo destruído, tenho ele até hoje, vejam como ficou:
Acho que em um fato todos concordam: uma lente com o anel da rosca de filtros amassado ou quebrado é bem pior do que alguns arranhões leves, que não interferem na imagem (simplesmente não aparecem). A impossibilidade de se poder rosquear qualquer coisa (filtros, acessórios, etc) em uma lente, pra mim, reduz seu valor a um décimo, seja qual lente for.
Minha conclusão: usarei o filtro quando o bom senso indicar, e não usarei quando não indicar.
Abraços.