Olha, já vi vários tour virtuais neste estilo, mas esse realmente me impressionou basntante pela qualidade da imagem, em tela cheia, e ainda com o efeito do brilho da lente ao passar por áreas de luz, e ainda por cima roda levinho, sem pesar na conexão... parabéns memso, trabalho de primeiríssima!
Eu sempre quis saber como é feito esse trabalho com as fotos. É uma câmera especial? Porque até olhando pro chão ou pro teto no centro, não desfoca nem aparece nada de montagem!
Dá umas dicas ae de como funciona isso!!!
Muito bom o trabalho!
Regis,
A máquina é comum (estas foram tiradas com uma Nikon D200).
A lente é a Nikkor Fisheye 10.5mm f2.8. Ela é capaz de uma imagem fullframe de 180 graus (na diagonal do retângulo).
A montagem é feita em cima de duas cabeças: eu uso uma do tipo "bola" da Manfrotto e, acoplada a ela através de um engate rápido, uma cabeça Agnos (italiana) modelo TCPShort ou Inglesa 360 Precision Absolute.
Uso muito recurso de bracketing com sete exposições diferentes variando de -3EV até 3EV com incremento de 1EV.
Cada panorama exige 10 posições diferentes da camera: seis na horizontal, como a camera montada em portraid, cada uma com uma diferença de 60 graus. Uma na vertical com a camera apontada para cima (zenith) e três na vertical com a camera apontada para baixo (nadir). Uso três fotos no nadir para que eu possa tirar a cabeça e o tripé da imagem final. Em outras palavras, cada um destes panoramas exigiu 70 fotos, ou IGb de memória nos cartões.
O worflow envolve vários softwares. Nestes panoramas usei o Nikon Capture NX, o Photoshop CS3, O Photomatix (para o HDR), o Ninja Noise (eliminar ruídos), o PTGUI (costura), o Pano2QTVR e Pano2VR (criaçao do QTVR) e o Pure Tools (criação em Java e Flash).
A camera roda em torno do Nodal Point da lente (ponto de entrada da pupila da lente). Ao contrário dos nossos olhos, que giram sobre o eixo do pescoço, o "olho" da câmera gira em torno de um ponto exato, o que elimina a incidência de paralax (sobreado, ou fantasmas) e nos dá uma sensação estranha, por não estarmos acostumados a girar em um único eixo.
Os imagens estão sempre com um bom foco pois esta lente tem uma profundedade de campo absurdamente boa, mesmo em grandes aberturas (os pontos baixos são o CA e Vignetting).
As fotos todas são tiradas com o foco no infinito. Para você ter uma idéia, a minha lente tem uma fita isolante para evitar que o foco saia deste configuração.
Espero que tenha ajudado.